sábado, 13 de junho de 2009

Traição à Causa - HOmem 2000

Um casamento de um travesti com uma mulher é visto como cena do Apocalipse até no próprio meio GLS. O preconceito vem de todos os lados. No mundo gay masculino, GAbi é apontada como traidora da ruas; se montou para ficar com homens e acabou virando "bolacha" ( sapatão). As lésbicas não entendem a opção de lou, que se assumiu desde a adolescência e chegou a militar no movimento. Não acitam o fato de que, ao apixonar por um travesti, a ex-integrante do Grupo de Ação Lesbo- Femininistas é feliz hoje no papel de dona de casa que faz comidinha para o marido. E mais: Lou, não abre mão da porção masculina de Gabi. Os heterossexuais também tentam rotular o casal. " Os mais conservadores vêem a nossa relação como uma regeneração e não é nada disso", emenda a Bionda.
Gabi e Lou levam no corpo as marcas da ralação. Em 1996, tatuaram na mão a letra inicial do nome de ambos, simbolizando uma aliança eterna. Foi uma resposta à Igreja Católica. Eles tentaram se casar no religiosos, mas a questões foi levada ao Tribunal Eclesiático, que suspendeu o casório e estipulou um prazo de dois anos para que os noivos voltassem ao normal. Ou seja, para subir ao altar, gabi teria que tirar o silicone e passar a se vestir como homem. Eles levam uma vida de casal classe média. Lou já foi roqueira e empresária da noite, mas hoje é a produtora de Gabi, que também é taróloga. As tarefas domésticas são divididas. Gabi é a mulherzinha da casa, gosta de arrumar tudo, mas é um desastre na cozinha. Lou reina entre as panelas. É cozinheira de mão-cheia, tanto que o maridão engordou 15 quilos depois do casamento. É ele, ou melhor, Gabi quem conta como essa história começou: " Foi numa festas GLS. Eu estava montada: de saia xadrez, meião, fazendo um estilo 'colegial francesa'. ssLá, me deparei com a Lou e pensei: Que bicha é essa?!!!. Logo depois, percebi que era mulher e fiquei mais interessada ainda. Nos encontramos no banheiro e fui ao ataque. Coloquei os meus peitos siliconados pra for e brinqueis: 'Pega! É igual ao de mulher'. Imaginei que , se ela fosse uma sapata convictas, iria perder o rebolado. Aí, ela pegou. Tremendo, mas pegou. Lou é tímida, às vezes se sente mocinha. Começou a rolar um clima. Só que ela estava namorando uma mulher, há um ano. Eu também tinha um caso com um cara. Mesmo assim, começamos a sair e um mês depois assumimos a relação e não nos separamos mais. No primeiro mês não rolou cama, trocamos beijinhos."
Com olhar nostálgico, Lou também se recorda daquele começo: " Foi muito especial. Um dia antes, eu pedi para ele: " Tira a roupa". Eu precisava vê-lo antes de transar, pra eu encarar aquilo com naturalidade. Ele e colocou as roupas rapidamente. Ficou tímido. No dia seguinte, quando aconteceu, foi maravilhoso. Naquele momento, eu tive certeza isso é amor. Todas as tentativas anteriores de transar com homem não forma legais. Da minha parte, a coisa não ia. Com a Gabis foi diferente, apesar de ter ficado assustada na hora. Também não como transar com uma mulher. Não foi só sexo. Eu já tive sexo com homens antes e não senti prazer. Com a Gabi foi prazer do começo ao fim. Quando a vejo montada, a minha fantasia não sexual. O legal é saber que por trás daquilo tudo tem um homem. O que me atrai nela não é a estética feminina, mas sim a sua feminilidade. Eu sou muito masculina. Então, me apaixonei por um homem feminino."
E coisa de maluco essa história!!!!! eu achei o máximo!!!!
Mas deve ser dificil amar alguém desejado por homens e mulheres.
Referencia :
reportagem - Revista Marie Claire - casais unissex - pagina 84 a 88 - por Eliane trindade - fotos: Everton Ballardin

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